quinta-feira, 25 de novembro de 2010

just new



sabemos tudo ? não , cada vez , mais me convenço que não sei nada. não sei quem sou , não sei o que quero , não sei para onde vou. sei que o mundo me fascina , que explora-lo me parece divinal , que corre-lo soa a objectivo ! talvez não passe de uma louca , de alguém que deseja mais do que pode mas nunca desiste de ir a procura , se hoje me perguntarem o que serei a manhã , ao contrário de outros tempos a resposta actual é incerta é inesperada é inconsciente . cansei-me , cansei-me das racionalidades , das concepções , das moralidades , quero ser o que quiser tal e qual como quiser e não quero que me julguem quero que me olham e tomem como exemplo de liberdade , de espontaneidade ,  se alguém tiver algo a dizer guarde para si , fique feliz sendo apenas e só mais um . que eu só sei que quero ser diferente

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

‘’ ''A Sagrada Oficina das Almas’’ – A Educação no período do Estado Novo

O Estado Novo (1926-1974) foi um período de regime ditatorial dirigido por o Dr. António Oliveira Salazar onde predominava a opressão. A consciência dos factos político-sociais da altura é predominante para o entendimento das mudanças educacionais. Uma governação conservadora conduziu a estagnação da formação dos portugueses.
  Uma das mudanças que mais viria a marcar o retrocesso seria a diminuição da escolaridade obrigatória de 4 para 3 anos, embora a sua obrigatoriedade em nada impressiona-se a população considerava que a escola não fazia mais que roubar braços ao campo, e assim se chegou a cerca de 60% de crianças fora de qualquer escolaridade. É em 1936 que se dá uma mudança drástica no sistema, quando o Dr. Salazar insere a religião como a matéria importante e presente em todas as lições, os ‘’livros únicos’’ oficiais apresentavam na perfeição estes princípios da doutrina e moral cristã, bem como os valores do Estado Novo de uma ideologia oficial, um dogma monolítico, que exigia aos alunos obediência, resignação, caridade, trabalho aturado e patriotismo. Toda a história portuguesa e ordem social ganham uma nova interpretação. E neste período surge a Obra das Mães para a Educação Nacional um manual destinado a instruir as jovens para a sua função e comportamentos na sociedade. 
 É formada a Mocidade Portuguesa na esperança de uma maior incisão dos valores transmitidos na escola fora dela.
 Sem grande investimento quer do governo quer dos sectores privados a Educação do Estado Novo baseou-se numa tentativa de inversão dos valores republicanos.

domingo, 7 de novembro de 2010

Lisbon

 Cheguei a Lisboa estou perante uma cidade que transborda cultura! Apresento-me a capital como uma total desconhecida, uma turista com ânsia de ver tudo o que tem este local para oferecer, não é a primeira vez que aqui venho pois habito a 20 minutos daqui mas é deveras uma estreia o espírito aventureiro que tenho agora.  Estou totalmente sozinha  e saiu da histórica estação de Santa Apolónia de frente  ao Museu Militar que por estes dias apresenta a exposição ‘’Alvorada da Republica’’, para os mais distraídos este ano comemoramos o seu centenário em Portugal, continuando a andar em direcção ao coração da cidade encontro o Museu do Fado  e para os mais interessados na rua áurea existe uma deliciosa loja com o nome ‘’ Discoteca Amália’’ onde se pode encontrar vinis e cd’s dignos de colecção e  grande estima.
 Prosseguindo a caminhada o Teatro D.Maria II na sua majestosa fachada dá a conhecer o festival de cinema de Almada com peças deverás estimulantes, ao seu lado a mítica estação do Rossio onde aconselho a para um pouco e se for fã do copinho de café internacional beba um no starbusk’s  , adiante avisto a decadência do Teatro Eden mano a mano com o Ministério da Cultura mas nos perdoamos eles certamente não tinham conhecimento da situação, DECADÊNCIA devia ser sinonimo de sociedade.
 Como não podia deixar de ser dou uma olhadela por um dos marcos da globalização em Lisboa , o Hard Rock Caffé mas este eu aprecio e aplaudo só trás cultura a Cidade e um belo local de descontracção e perdição para os adeptos de pin’s como eu.
 Desço então a Avenida já no lado oposto ao da subida e dou de caras numa ruela com um graffiti representativo da Amália Rodrigues, grande senhora, com a seguinte frase ‘’Sou do povo por condição..’’ identifiquei-me honestamente. E lá foi eu saltando de um lado para o outro  e dou por mim já nos armazéns do Chiado onde parece viver toda a confusão mas eu caminho indiferente as montras com uma excepção a vitrina da Editora Coimbra e olhando atentamente quase que folheando o meu futuro concluo que a minha mão terá de se prostituir para me pagar a universidade é triste mas Portugal não beneficia os jovens ambiciosos guarda toda a sua atenção para os jovens ditos problemáticos oferecendo-lhes o mesmo nível dos anteriores com a total ausência de esforço. Mas regressando a Lisboa, sento-me na Praça do Comércio a gentil sombra de D.José I e deslumbro-me com o arco da Rua Augusta onde me dirijo sem hesitar olhando a calçada onde deparo com um indício de humanidade uma inscrição sobre mármore de uma luta a favor dos direitos universais com a citação de P.Joseph Wressinski ‘’onde há pessoa humana está condenada a viver a miséria, os direitos humanos são violados unir-se para os fazer respeitar é um dever sagrado’’. E subi aquela Baixa virei algures e impulsivamente entrei numa igreja estonteante, repleta de fé e admito que um dos alteres suscitou a minha atenção e não resisti perguntar a senhora atarefada que limpava a igreja quem era o santo do dito altar e ele respondeu-me que era São Camilo e largou um sorriso sincero de admiração  por a minha juventude me permitir tal curiosidade e enquanto eu abandonava a igreja ela  continuo a agraciar-me com o seu sorriso genuíno. E para mim não a descoberta sem contacto humano por isso assim que tive oportunidade inquiri uma senhora sobre o caminho para o Bairro Alto  e ela olhou-me com um olhar desconfiado e respondeu-me que deveria ir de táxi mas eu insisti que desejava ir a pé então a senhora aconselho-me que deveria usar as minhas belas pernas enquanto podia pois quando alcança-se a sua idade seria impossível e o caminho era bastante linear sempre a subir eu agradeci  e lá abracei esta abismal subida, descobri uma encantadora rua coberta de street art e dançante com a música que se fazia ouvir. Subi e subi e entrei numa praça com umas curiosas esculturas animalescas, desci cumprimentei o Teatro da Trindade e penso que foi neste exacto momento que começou a aventura, sim eu perdi-me mas valeu a pena passei por bairros típicos que transbordavam de charme e enumeras obras de caris religioso, cruzei-me com a Biblioteca Camões  e assim deambulei mais uma serie de tempo ate reparar no que se revelaria a facada da viagem isto é o relógio, exactamente, eram horas de regressar a minha vida habitual.

''But just remember that when I touch you the more you shake''



Queres ficar aí sozinho, aí nessa tua rocha perpetua de medos irrisórios. Nessa rocha onde não entra luz, não entra a alegria do Sol ou o romantismo da Lua, onde não penetra o revigorismo do vento!
  Sempre te preferiste esconder a enfrentar o mundo mas escuta bem, os fantasmas de que foges gostam de escuro e para eles a tua angústia é sinfonia divina!
  Dá só um passinho em minha direcção, vais comprovar que não custa e se doer é porque cais-te no mesmo erro.
  E lá vais tu serpenteando como uma osga assustada para essa rocha que nem te pertence !

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

o começo de tudo ou de (quase) nada

 querendo ou não a uma necessidade maciça em mim de escrever, de contextualizar acontecimentos e intelectualizar sentimentos . Vou vivendo as contrariadades da vida como se elas quase nem me tocassem , como se adversidades não me atingissem , vou vivendo numa filosofia só minha em que a única coisa que desejo é ser diferente dos outros iguais. ''Sei a verdade e sou feliz''